O abuso do álcool pode ser confundido com a dependência alcoólica, porém não são a mesma coisa.
Existem algumas pessoas que não bebem constantemente, mas bebem descontroladamente em ocasiões pontuais, como em alguma festa, confraternização ou qualquer outra reunião entre amigos e familiares.
Este caso é chamado de beber pesado episódico (BPE).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o BPE é caracterizado quando em um período de até duas horas homens consomem cinco ou mais doses e mulheres quatro ou mais doses de bebida alcoólica. Cada uma destas doses equivalem a 285 ml de cerveja, 30 ml de bebida destilada e 120 ml de vinho.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o BPE é tão prejudicial quanto uma pessoa que bebe todos os dias. No caso dos jovens em idade universitária, o BPE é muito comum.
No Brasil, 1 a cada 4 universitários têm a prática de tomar bebidas alcoólicas em grandes quantidades.
Muitos desses jovens entram para as universidades com idade entre 17 e 18 anos, período que o cérebro ainda está em desenvolvimento.
O álcool consumido de forma demasiada pode prejudicar a maturação neuronal, dificultando a capacidade de raciocínio, prejudicando assim o aprendizado e rendimento dos jovens na universidade.
O consumo do álcool muitas vezes é visto como algo inofensivo. Um número considerável de pessoas ignoram a famosa frase das propagandas de bebidas alcoólicas que diz: “beba com moderação”.
O álcool é responsável por 5,9% das mortes anuais em todo o mundo. Esta porcentagem representa aproximadamente 3,3 milhões de pessoas, das quais 25% delas têm idade entre 20 e 39 anos.
Além de mortes causadas por doenças resultantes da dependência alcoólica, existem também as mortes causadas por acidentes também advindas do alcoolismo ou até mesmo do BPE.
Além dos problemas de saúde que o alcoolismo causa, existem também os problemas sociais.
Uma pessoa que é refém do alcoolismo geralmente encontra dificuldades em ter um bom relacionamento com sua família e pessoas mais próximas. A doença faz com que o indivíduo muitas vezes se torne agressivo, causando uma situação de desavenças em seu lar, prejudicando a saúde emocional e psicológica de seus familiares.
Uma criança que tem um dos pais ou ambos alcoólatras, pode encontrar dificuldades no aprendizado na escola devido às brigas que podem acontecer em sua família devido ao álcool.
O alcoolismo sem dúvida é uma doença grave que requer atenção de todos. Todos nós, se não temos alguém em nossa família com problemas envolvendo o álcool, pelo menos conhecemos alguém com tal problema.
A dependência alcoólica possui tratamento adequado e precisa ser realizado com o acompanhamento de profissionais qualificados para que a recuperação seja completa.
Neste caso, as clínicas de recuperação para alcoólatras são a melhor indicação para um tratamento eficaz.
Um alcoólatra pode conseguir se livrar do álcool sozinho, ou com a ajuda de familiares e amigos, mas as chances são bem pequenas. E quando se concretizam, uma recaída é quase certa. Por isso um acompanhamento profissional é indispensável nestes casos.
Um outro detalhe importante é que a família deve continuar ajudando seu ente querido que terminou seu tratamento contra a dependência alcoólica na clínica de recuperação.
Após ficar um tempo internado na clínica de recuperação e se recuperar, o paciente volta para casa, mas deve continuar alerta para que não tenha nenhuma recaída entrando em contato com o álcool novamente. Neste sentido a família pode e deve ajudá-lo.
Fonte: www.grupoclinicaderecuperacao.com.br