Obviamente que as internações voluntárias são melhores, pois o paciente se sujeita espontaneamente ao tratamento, com pouca ou nenhuma relutância.
Entre as internações onde o paciente não autoriza o tratamento estão a internação involuntária e a internação compulsória . Ambas são parecidas, mas possuem algumas diferenças.
A internação involuntária, não necessita da autorização do paciente para ser realizada, porém precisa do consentimento da família ou do responsável.
As internações involuntárias geralmente são solicitadas pela família do paciente e é necessária uma avaliação médica. Após a avaliação, o profissional da área da saúde irá decidir se a internação involuntária é necessária ou não.
No caso de o paciente não possuir parentes ou familiares próximos, a decisão fica exclusivamente por conta do médico responsável.
As internações involuntárias geram um pouco de polêmica, pois trata-se de internar um paciente em uma clínica de recuperação contra sua vontade, ou seja, significa forçar uma pessoa a fazer algo que ela não esteja de acordo.
Mas quando o assunto é dependência química ou alcoolismo, é um caso de vida ou morte, literalmente falando.
Há situações onde o dependente químico/alcoólico não consegue tomar decisões por si só devido às complicações causadas pela doença.
Tanto dependência química quanto alcoolismo são transtornos mentais que se não forem tratados o quanto antes, podem causar danos ao cérebro que dificultam o paciente discernir o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim para si próprio e para outras pessoas, entre outros problemas.
Outra situação onde as internações involuntárias são necessárias é quando o paciente se torna um risco para outras pessoas ou para si próprio. Por exemplo, quando faz tentativas de suicídio ou quando torna-se muito agressivo com outras pessoas, inclusive familiares.
Para entender melhor como funciona a internação involuntária, podemos comparar com uma criança que não quer tomar uma vacina porque a injeção dói. Se for deixada por conta própria nunca irá tomar a vacina.
Neste caso, os pais devem escolher por ela e fazer com que receba a vacina, mesmo contra sua vontade, mesmo que a injeção vá doer um pouco.
É muito melhor sentir uma dor causada pela agulha da seringa no momento da injeção, do que sofrer futuramente com alguma doença que possa até levar a criança à óbito.
Com um dependente químico acontece de forma semelhante. Ele pode não querer ser internado, não ter consciência de que precisa daquele tratamento naquele momento, mas a família deve escolher por ele, mesmo que no início sofra um pouco.
Pois da mesma forma que uma criança que não toma vacina pode contrair uma doença e morrer, o dependente químico também pode perder sua vida se não tratar a doença o quanto antes.
Naturalmente a família do dependente químico/alcoólico que opta pela internação involuntária deve se preocupar com sua integridade física no momento da internação e escolher uma clínica de recuperação que tenha a mesma preocupação, que trabalhe com profissionais qualificados e preparados para realizar internações involuntárias sempre zelando pela segurança do paciente.
Fonte: https://grupoclinicaderecuperacao.com.br/internacoes-involuntarias/