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08/10/2020 às 22h25min - Atualizada em 08/10/2020 às 22h25min

Quais os métodos utilizados nos Estados Unidos para combater a dependência química?

Combate internacional ao vício de drogas

Portal de Recuperação - Fernando
portalderecuperacao.com.br/
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A experiência dos Estados Unidos no combate da dependência química pode ser usada como referência para analisarmos os métodos adotados no Brasil e em outras partes do mundo. Esse tem sido um objeto de discussão entre especialistas da área.

Ainda que a legislação estadunidense seja descentralizada, ao contrário do que acontece por aqui, algumas práticas são presentes na maioria dos estados norte-americanos. E nota-se uma tendência de descriminalização do consumo de diversas substâncias nos EUA, tratando a drogadição como uma questão de saúde pública e não de polícia.

Essa é uma escolha muito mais assertiva. Afinal de contas, a guerra às drogas tem se mostrado ineficiente há décadas.

Além do mais, a reincidência de crimes praticados por viciados é muito menor quando eles são submetidos a tratamentos de saúde do que quando são mandados para a cadeia. Uma reabilitação bem feita é vantajosa para o indivíduo e para a sociedade.

Nesse sentido, é muito importante refletirmos a respeito, conhecendo os métodos que são usados no exterior e que têm dado certo. Isso pode contribuir, inclusive, para nortear as suas escolhas ao tratar um familiar que esteja passando pelo problema.


 

O método dos EUA no combate à dependência química

Os principais objetivos do método dos Estados Unidos na reabilitação de dependentes químicos são dois:

1. Superação do vício: ajuda a pessoa a se desintoxicar com um tratamento sério, multidisciplinar e supervisionado por profissionais capacitados para lidar com a situação;

2. Romper o ciclo de crimes: lamentavelmente, consumir drogas não é o único ato ilícito do viciado. Ele fica muito mais propenso a cometer outros delitos para alimentar o seu vício. Por isso, a segunda proposta do método estadunidense é romper o ciclo de crimes para que os dependentes parem de retornar ao Sistema Judiciário e sigam com as suas vidas normalmente.

Um exemplo prático dessa abordagem foi apresentado pela especialista Tara Kunkel em um seminário realizado em São Paulo. Ela trouxe como referência o caso de uma viciada em crack de 35 anos de idade.

A mulher já havia sido presa inúmeras vezes, perdido a guarda dos filhos e chegou a se prostituir para sustentar o consumo da droga. No entanto, ao invés de voltar para trás das grades, foi apresentado um acordo a ela em uma de suas passagens pelos tribunais.

A paciente deveria aceitar um tratamento intensivo pelo prazo de 18 meses. Ao longo desse período, deveria se submeter a exames para que o progresso pudesse ser avaliado. O acordo foi aceito.

O resultado foi surpreendente. A ex-usuária se desintoxicou, conseguiu recuperar a guarda dos filhos, está empregada e há mais de 5 anos livre do vício. Como recompensa, as queixas que teriam levado ela à prisão foram retiradas.

O método foi concebido em 1989 e tem surtido bons efeitos, que vão muito além do exemplo citado. Sem sombra de dúvidas, essa pode ser uma inspiração para que a dependência química seja tratada e o indivíduo possa ser reintegrado à sociedade de uma forma mais produtiva.

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