Segundo a Organização Mundial de Saúde, a dependência química pode ser considerada um transtorno psiquiátrico, sendo enquadrada como uma doença crônica que deve ser tratada tanto como uma doença, quanto um problema social.
Ela é classificada como uma doença crônica, uma vez que a pessoa vai alterando gradativamente o seu comportamento, o que é considerado uma adaptação a doença, a fim de se manter sempre no processo de consumo de uma droga.
Além de crônica, ela também pode ser caracterizada como uma doença progressiva, que apesar de ser incurável, pode ser tratada. A doença apresenta uma evolução própria, que em determinados casos pode levar a perda da razão (insanidade), perda da sua liberdade (prisão), pode acontecer a morte do dependente ou a pessoa pode ser conduzida a um tratamento, sendo ele voluntário ou involuntário.
Sobre o dependente químico
O dependente de drogas apresenta prejuízos em diferentes áreas, podendo ser danos neurológicos, cognitivos e no âmbito das relações interpessoais, geralmente causado pelas drogas e, frequentemente esses prejuízos são irreversíveis e acontecem de uma forma progressiva que o indivíduo não consegue perceber. E para piorar, quando os prejuízos físicos e sociais se tornam claros, frequentemente fazem com que o dependente se aprofunde ainda mais nos efeitos das drogas.
Além disso, a necessidade que o corpo tem precisar cada vez mais da droga, altera a vida do indivíduo, trazendo consequências para o seu relacionamento familiar, social e profissional e fazendo com que o dependente sofra de modo tanto físico quanto emocional. Portanto, o tratamento para um dependente deve envolver não só o indivíduo, mas também todo o seu círculo social.
Algumas características podem ser associadas à dependência química, dentre elas temos:
Onipotência
Megalomania
Manipulação
Obsessão
Compulsão
Ansiedade
Apatia
Autossuficiência
Autopiedade
Comportamentos que não condizem com a sociedade, tornando-se um indivíduo antissocial
Paranoia
Para piorar ainda mais o caso de dependência, as famílias que convivem com um dependente são comum acontecer brigas e separações, já que o usuário apresenta obsessão no uso e na obtenção da substância. Além do relacionamento familiar, o usuário pode perder o emprego, casa e outros bens e ficar com a saúde debilitada.
Dessa forma por mais difícil que possa parecer, o dependente precisa de apoio da família, sendo que o tratamento do dependente também passa pela aceitação do problema por parte da família.
Portanto, o tratamento para um dependente químico deverá focar na recuperação e na elaboração de estratégias que integrem, novamente, o indivíduo a sua família e que ele se reconecte com a sociedade.
Fonte: www.grupocasoto.com.br