Aqui neste artigo iremos falar não sobre o tratamento do dependente químico, mas como os familiares precisam cuidar de sua própria saúde, pois isso é muito importante para que todos saiam bem no final, tiraremos então algumas dúvidas sobre o tratamento da família na dependência química.
O problema com as drogas já é uma dura realidade que os brasileiros têm enfrentado já há muito tempo. O que muitos não percebem é que, assim como essa batalha é extremamente difícil para os dependentes químicos, também é uma luta que exige muito de suas famílias.
Você deve conhecer alguém que precisou enfrentar uma situação de alcoolismo ou vício em algum outro tipo de droga na família, é muito difícil processar essa situação, principalmente quando se trata de um parente próximo como um filho, pai ou irmão.
Milhões de pessoas têm travado essa batalha no Brasil.
Muitas pessoas ficam realmente sem chão quando descobrem que alguém em sua família está sofrendo com o mal da dependência química. Na maioria das vezes, principalmente quando se trata de filhos, a primeira reação é se culpar, achando que aquela situação está acontecendo por algum erro na educação, quando na verdade não é bem assim.
Existem vários fatores que podem nem estar ligados à família em si, como predisposição genética à dependência, situações de estresse ou traumas externos à família que levaram o indivíduo a entrar no caminho tenebroso das drogas. Além disso, mesmo que o ambiente familiar tenha contribuído para o surgimento da doença, agora não é o momento de se culpar ninguém, mas sim de unir as forças em prol do indivíduo.
É muito importante que você não carregue isso sozinho. Converse com alguém de confiança sobre o assunto. Se você conhece alguém que já passou por esse problema procure-o(a) e fale sobre sua situação. Você pode receber conselhos maravilhosos, indicação de profissionais de confiança e de instituições sérias que podem ajudar tanto o dependente quanto sua família.
Uma das primeiras coisas que pode acontecer quando surge um caso de dependência na família é um clima de desconfiança entre o dependente e seus pais, irmãos e parentes mais próximos. Ele sabe que todos já sabem de sua situação, mesmo quando ele mesmo ainda não a reconheceu, por isso pode entrar em um estado defensivo que o leve a pensar que não deve confiar em ninguém. Por motivos diferentes os parentes também não confiam no dependente e isso pode criar um ambiente que nem ajuda na recuperação do paciente nem contribui para a saúde emocional da família como um todo.
Lidar com uma situação de dependência química na família pode ser avassalador para o lado psicológico de qualquer pessoa, por isso é importante que, na medida do possível, os familiares que lidam diariamente com o dependente químico possam contar com sessões de terapia. Há muitos estudos evidenciando problemas como desânimo, ansiedade e depressão em pessoas que cuidam de dependentes químicos em suas próprias famílias
Tanto em casas e centros de recuperação quanto em clínicas de reabilitação existem capelanias e grupos de apoio tanto para dependentes quanto para suas famílias. Nesses grupos os familiares poderão falar sobre suas lutas e conhecer histórias de outras pessoas que estão um pouco à frente na luta pelo retorno à normalidade. Estar em um desses grupos pode ser uma forma de ajudar a lidar com a mesma questão.
É muito importante ter uma atitude otimista em relação à recuperação do seu filho, irmão, pai ou mãe. Muitas pessoas se deixam levar por uma onda de pessimismo. É muito importante manter a convicção de que este é um momento difícil mas que, com as atitudes corretas essa situação será vencida, o que também irá ajudar o dependente.
Estamos falando de um momento que exige a atenção e o esforço do máximo de pessoas possível. Então a família deve se unir em prol da recuperação do dependente químico, seja financeiramente ou através de outras formas.
Fonte: www.grupoclinicaderecuperacao.com.br