A dependência química é um transtorno mental classificado pela OMS como primário e uma doença, ou seja, ele pode trazer outros problemas de saúde causados pello vicio. Saiba quais são aqui e como recuperar.
O aconselhamento em dependência química e alcoolismo é realizado por profissionais que já tiveram problemas com álcool ou outras drogas.
Com ampla experiência empírica os conselheiros desenvolvem atividades individuais e grupais para que o dependente consiga aprender a lidar com as emoções, sentimentos e saibam como se comportar em momentos que tenham fissura.
Utilizando os 12 passos de NA e AA como ferramenta para que consigam se perceber e adquirir novos repertórios comportamentais.
A própria dependência química é uma doença comprovada onde é importante que se busque algum tipo de ajuda especializada.
Tratamentos e Prevenção:
A primeira exposição às drogas que levam à dependência química, lícitas ou não, tem ocorrido cada vez mais precocemente, algumas vezes antes mesmo dos 10 anos de idade. Dessa forma, as ações de prevenção já devem se iniciar a partir dessa idade.
O uso abusivo de medicamentos pode acontecer em qualquer idade, mas tem sido mais frequente entre adultos. É importante lembrar que a dependência química é uma doença crônica, como tem sido considerado, também, o tabagismo.
O indivíduo deve ter a consciência que sempre terá essa tendência de comportamento. Por outro lado, é possível controlar a dependência e ter uma vida normal, com as conquistas que todos almejam.
Assim como um diabético vive muito bem sem consumir açúcar, o dependente químico, se tiver empenho no seu tratamento, pode também fazê-lo sem a droga.
Esse trabalho de recuperação geralmente envolve acompanhamentos médico e psiquiátrico, tendo mais chances de sucesso com o apoio de familiares e amigos."
Ainda existe muita falta de conhecimento e até julgamento relacionado a dependência química e alcoolismo. Isso acontece porque muitas pessoas acreditam que ser viciado está ligado a falta de caráter, má índole, falta de vergonha e até a de força de vontade para parar.
A dependência química é um transtorno mental, crônico, primário e progressivo, em definição pela Organização Mundial da Saúde. Considerada uma doença progressiva, incurável e fatal.
Ela é considerada uma doença mental, pois tem como característica o uso compulsivo das substâncias, mesmo que o usuário tenha conhecimento das consequências causadas pelo consumo excessivo.
Por que é um transtorno mental?
O uso da droga é capaz de mudar o pensamento, comportamento e até as funções do nosso organismo. As substâncias químicas agem diretamente no Sistema Nervoso Central, causando essas alterações, por isso, a sensação de relaxamento, euforia ou depressão.
Além disso, o sistema de recompensa é ativado quando a droga é consumida, isso é o responsável por se tornar vício, pois você experimenta sensações fortes de prazer e seu cérebro começa a querer aquilo de novo e de novo, sem controle e compulsivamente.
Isso mexe diretamente no autocontrole e com o passar do tempo o cérebro vai ficando insensível aquelas sensações e, por isso, é preciso aumentar a dose ou a quantidade de consumo para sentir aquelas sensações de novo.
Enquanto isso, a capacidade de julgamento, empatia e comportamentos são alterados. Por isso que muitos usuários de substâncias químicas não se importam com outras pessoas ou ficam felizes com coisas que antes ficavam, pois, sua sensibilidade diminuiu.
As pessoas que possuem um dependente químico na família, conseguem ver a mudança acontecer em casa. Os sorrisos somem, a alegria e o carinho, pois com o passar do tempo a pessoa vive absolutamente para consumir a sua droga.
Doenças causadas pela dependência química: Problemas de saúde causados pela dependência química
Além dos problemas emocionais, sociais e comportamentais, pessoas dependentes também estão mais propensas a outras doenças.
Problemas ao sistema imunológico e infecções:
O consumo de drogas injetáveis, deixam o dependente muito mais propenso as infecções, por exemplo, Hepatites e HIV, por causa do compartilhamento de agulhas. Também correm o risco de infecções bacterianas, no caso do uso de agulhas sujas.
Além disso, pessoas sob o efeito de substâncias químicas como álcool, cocaína e maconha podem perder um pouco das inibições, ficando mais propensas a fazer sexo sem proteção e contrair IST’s.
A cocaína também afeta diretamente o sistema imunológico, diminuindo a produção de glóbulos brancos, responsáveis por defender nosso organismo de bactérias, vírus e substâncias toxicas que causam infecções e outras doenças.
Problemas respiratórios:
Os alvéolos nos pulmões podem ser danificados por qualquer droga que se fume, mas também podem deixar o sistema respiratório superior mais sujeito a infecções.
Drogas depressoras também podem deixar a respiração irregular, superficial ou até retardar, quando há overdose. De toda forma, se a respiração é reduzida ou deprimida por longos períodos, deixa o corpo sem oxigênio, causando outros danos ao organismo.
Doenças cardiovasculares:
As drogas podem ser estimulantes ou depressoras do Sistema Nervoso Central. Enquanto as estimulantes aumentam a frequência cardíaca as depressoras diminuem.
Essa alteração da pressão arterial, sendo baixa ou alta, com frequência, pode estar associada ao aumento de lesão isquêmica e coagulação sanguínea, mas também a outros problemas de circulação, como disseção coronária ou arterial aórtica.
Além disso, o consumo em excesso de algumas substâncias pode causar a overdose de parada cardíaca.
O abuso constante de álcool também está relacionado a: Tuberculose;
Infecção pelo vírus sincicial respiratório.
Complicações a infecção por coronavírus, pois o álcool debilita o corpo;
Pneumonia e;
Síndrome respiratória aguda grave.
Gastrointestinais:
As drogas por ingestão oral, como medicamentos prescritos, por exemplo, para TDAH ou opioides e álcool, também podem causar problemas para o sistema digestivo.
Opioides, por exemplo, podem causar constipação crônica.
O abuso de álcool também pode causar:
Deficiência nutricional, por causa da má absorção de nutrientes;
Pancreatite;
Esofagite de refluxo;
Ruptura do esôfago anterior (Lágrimas de Mallory-Weiss, sangramento intestinal) e;
Maior risco de câncer gastrointestinal.
Problemas no fígado:
O fígado é um dos nossos órgãos responsáveis pela desintoxicação de diversas substâncias que consumimos, portanto, podemos sobrecarregá-lo com o consumo excessivo e constante. Quando sobrecarregado, pode haver decomposição dos tecidos.
Algumas das substâncias que podem danificar o fígado são álcool, heroína, esteroides e inalantes.
O álcool pode levar a doenças hepáticas mais leves ou mesmo inflamações mais graves, como fibrose progressiva, hepatite alcoólica e cirrose, que é um fator de risco para câncer.
Problemas nos rins:
Como também são responsáveis por filtrar toxinas no sangue, também são afetados por substâncias. Desta forma, eles podem ficar sobrecarregados e não conseguir filtrar as toxinas, portanto, sofrer degradação do tecido muscular, que libera proteína prejudicial no sangue, a Rabdomiólise.
Isso pode levar a insuficiência renal, requerendo viver com diálise.
O atendimento clínico é orientado pela anamnese inicial e exame físico com ênfase nas comorbidades clínicas apresentadas pelo cliente. O paciente, por ocasião da admissão é submetido aos exames laboratoriais para análise das funções renal, hepática, pancreática, metabólica, lipídica e infecciosa.
Outros exames poderão ser realizados, a pedido do cliente, como exames para pesquisa de hepatite b e c, sífilis e HIV.
Os procedimentos ora apresentados visam promover o bem estar clínico do cliente, para que este possa se focar, exclusivamente, no tratamento da dependência química, motivo da internação.
Não deixe que as doenças causadas pela dependência química se tornem muito grave, procure ajuda o quanto antes e se liberte deste terrível vicio, o Portal de Clínicas de Recuperação tem diversas opções para você se libertar.