Esse é um problema que, no geral, começa de maneira sutil. Afinal, o consumo de bebidas tem uma aceitação social altíssima, o que acaba dificultando o reconhecimento de que há um padrão compulsivo de ingestão de álcool.
No Brasil, há estimativas que indicam que 6,9% dos homens e 1,6% das mulheres preenchem os critérios do diagnóstico da doença. Contudo, são poucos os que procuram por uma ajuda especializada. Mesmo diante do alerta de pessoas próximas, a pessoa resiste em reconhecer que a situação saiu do próprio controle.
Por mais que existam possibilidades de internação involuntária ou compulsória, quando o dependente aceita o tratamento as chances de ele se recuperar se elevam. Sendo assim, é fundamental usar a persuasão para tentar incentivá-lo a uma internação voluntária.
Logo na sequência, você encontrará alguns argumentos e dicas que podem contribuir para que essa abordagem seja bem sucedida. Além, é claro, de converter o quadro de negação em mais consciência sobre o alcoolismo.
De nada adianta conversar com o seu marido ou com qualquer outra pessoa no auge da embriaguez. Os sentidos, pensamentos e atitudes da pessoa estão completamente deturpados e influenciados pelo álcool.
Procure por uma oportunidade onde ambos estejam tranquilos, sóbrios e um local com privacidade. Isso faz toda a diferença nos resultados que esse diálogo pode causar.
Não faça “rodeios”. Seja objetiva ao dizer que você se preocupa com os rumos que o consumo excessivo de álcool do seu marido está tomando.
Além disso, procure exemplificar a situação com momentos críticos que não teriam acontecido se ele não estivesse bêbado. Mas, a todo o momento, evite uma postura de julgamento. Demonstre que você se preocupa e assegure que ele pode contar com o seu apoio.
Não de detenha somente ao lado negativo do problema. Procure focar nos benefícios que o alcoólatra tem depois da recuperação. Incentive o seu marido a imaginar como seria a sua vida em família sem essa doença.
De nada adianta fazer ameaças de separação. Ao menos em um primeiro momento e respeitando limites de aceitação, seja parceira e reforce o seu desejo de ajudá-lo a superar o problema.
Por mais complexo que isso seja, é fundamental que você tenha firmeza, mas mantenha uma relação amiga. Caso contrário, é bastante provável que o seu marido continue bebendo sozinho e não aceite o tratamento.
Uma única conversa não é o suficiente para uma mudança comportamental. Mantenha essa relação próxima e com diversas trocas de ideia ao longo do tempo. Isso ajuda a convencer o marido alcoólatra de que ele precisa de tratamento.