Contudo, é muito importante ter consciência de que o alcoolismo é uma doença física e mental. Não é somente um ou mais medicamentos que funcionarão na cura do paciente.
Os remédios para alcoolismo ajudam no controle de sintomas, em especial no momento da desintoxicação. Mas, no longo prazo, somente esforços multidisciplinares e contínuos são capazes de minimizar as chances de recaídas.
Tendo isso em mente, hoje veremos sobre quais são os principais remédios utilizados para a recuperação de dependentes alcoólicos e quais os objetivos de cada um deles. Não deixe de conferir.
Lamentavelmente, quando a pessoa se torna viciada em bebidas alcoólicas, os riscos de recaídas permanecem ao longo de toda a vida dela. Esse é um transtorno previsto na lista CID da OMS e que é classificado como sem cura definitiva.
De qualquer maneira, é possível ter uma vida normal mantendo a dependência sob controle. Para tanto, o papel da medicação é estratégico.
No entanto, esses remédios jamais devem ser consumidos sem prescrição e acompanhamento médico. Até mesmo compostos naturais, como a Ibogaína, podem ser prejudiciais se não forem consumidos nas doses adequadas e pelo prazo certo.
É preciso ter em mente que remédios também viciam. O paciente pode simplesmente trocar um tipo de dependência por outra.
Além do mais, medicamentos têm efeitos colaterais. Os danos e lesões no organismo podem ser permanentes sem a devida cautela.
Tendo em mente esses alertas iniciais e considerando que nenhum remédio funciona sozinho contra o alcoolismo, vamos à lista de alguns dos medicamentos mais utilizados no tratamento de alcoólatras:
Dissulfiram: popularmente conhecido como Antabuse, durante muito tempo essa foi a única alternativa de remédio para tratar alcoólatras. Mas ele é bastante perigoso. Seu principal efeito é causar a sensação de morte iminente quando o dependente está sob o efeito do remédio e toma bebidas alcoólicas;
Vareniclina: é uma droga que pode ser aplicada tanto para tabagistas quanto para alcoólatras. Ela reduz a vontade de consumir essas substâncias;
Topiramato: é um fármaco usado em casos de distúrbios alimentares, epilepsia e enxaqueca crônica, demonstrando ser também capaz de reduzir a quantidade de bebida alcoólica e aumentar o prazo de abstinência;
Diazepan: é um remédio para ansiedade, estresse e depressão, sendo também um bom auxiliar no controle de crises de pânico. Por isso, é prescrito quando o paciente sofre de alcoolismo combinado com outros transtornos psiquiátricos;
Ibogaína: é um composto natural com efeitos alucinógenos e que, em alguns grupos espirituais, é considerado capaz de purificar o corpo e a alma. No entanto, não há comprovação científica de seus efeitos.
Todos os medicamentos citados só podem ser consumidos sob rigorosa supervisão médica. Jamais se auto medique. Procure por um especialista de sua confiança ou por uma clínica especializada para tirar as suas dúvidas e fazer o tratamento da maneira correta.