A fim de contextualizar o uso da substância, é interessante conhecermos a sua origem. Ela foi sintetizada a partir de um medicamento amplamente conhecido ao redor do mundo: a morfina.
A primeira vez que a heroína foi produzida foi em meados de 1898. Durante muito tempo, ela foi considerada um remédio, sendo aplicada inclusive para curar a dependência química em analgésicos.
No entanto, com o avanço do conhecimento e da experiência no uso da substância, foi constatado que ela é pelo menos 3 vezes mais forte que a morfina. Não é por acaso que a sua fabricação acabou sendo suspensa e proibida em todo o mundo.
Assim como acontece no caso de outras drogas que são derivadas do ópio, a heroína é depressora do sistema nervoso central. Seus efeitos imediatos são tontura e sensação de entorpecimento, misturadas com euforia e leveza.
Os usuários relatam que a droga é capaz de ajudar a fugir da realidade. Muitos começam a utilizá-la para aliviar o estresse, a angústia e até mesmo a dor física. O efeito dura por horas.
O grande problema está nas consequências a longo prazo. Logo mais você vai conhecer algumas delas.
A maneira mais comum de consumo da heroína e através de injeções que a colocam diretamente na corrente sanguínea. Por si só, o processo já é arriscado e deixa muitas marcas.
Mas, quando consideramos as condições insalubres e o compartilhamento de agulhas que é frequente nesse meio, torna-se ainda pior. O viciado em heroína está muito mais suscetível à transmissão de outras doenças e a ter overdoses perigosas.
Com o tempo, a heroína ainda desregula o sistema hormonal e a produção de endorfinas. Dessa maneira, os quadros de crise de abstinência são muito mais assustadores. O usuário tem vômitos, calafrios, paranoia e pode inclusive ter convulsões.
Essas reações adversas fazem com que ele volte para o vício. Assim, o ciclo vicioso só se fortalece.
Por essa razão, outras esferas da vida do dependente químico de heroína são afetadas. Relações familiares, amorosas, profissionais e a própria autoestima e autoconfiança ficam fragilizadas.
Aliás, há quem cometa delitos para alimentar o seu vício. Mentir, enganar familiares e roubar objetos de dentro de casa para trocar por mais doses são somente alguns exemplos.
Livrar-se da dependência por heroína é um processo demorado e complexo. Ele dificilmente dará certo se não for acompanhado por especialistas e profissionais de diferentes áreas.
Além disso, o usuário precisa contar com o suporte emocional de familiares e amigos. Se você conhece alguém em uma situação difícil devido ao consumo dessa ou de outras drogas, procure por um atendimento especializado em clínicas de recuperação.
O quanto antes esse importante passo for tomado, maiores as chances de uma reabilitação bem sucedida.