A Ibogaína tem como princípio ativo uma planta chamada Iboga. Ela é utilizada em rituais religiosos e espirituais na América Central e no continente Africano.
De acordo com os adeptos do seu consumo, esse extrato natural, em especial quando é combinado com outras plantas, é capaz de realizar uma desintoxicação do corpo e da mente. Por isso, há quem afirme que ela contribui para o tratamento de dependentes visando eliminar o vício das drogas.
Todavia, a Ibogaína é responsável por gerar alucinações e tem outros efeitos colaterais. Por essa e outras razões, a sua venda sem prescrição médica é proibida no Brasil pela ANVISA – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Apesar da proibição da comercialização da Ibogaína no Brasil, quando o paciente tem um laudo médico que comprova que a substância pode ser benéfica, ela pode ser consumida. Além da prescrição de um especialista, também é exigido um termo de responsabilidade, o qual é firmado entre o paciente e o médico.
No geral, isso acontece somente em clínicas particulares e em comunidades terapêuticas. Afinal, não há uma comprovação científica amplamente aceita que permita a aplicação desse tipo de tratamento em larga escala, muito menos no sistema público de saúde.
A controvérsia se dá, ainda, pelo fato de a Ibogaína se assemelhar muito a uma droga. Ela tem efeito alucinógeno, é considerada tóxica, pode levar a problemas no sistema nervoso central e está relacionada ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Alguns usuários relatam a sensação de que saem do próprio corpo quando fazem uso da substância.
Sendo assim, jamais consuma a planta ou coquetéis que a contém sem uma orientação médica. Em grandes quantidades, ela pode levar a problemas maiores do que o vício em drogas propriamente dito.
Em algumas clínicas de recuperação, é administrado o consumo de chá de Ibogaína. Em outras, opta-se pela ingestão em cápsulas.
O tratamento costuma ser aplicado na fase da desintoxicação e costuma durar de 3 a 4 dias. Nesse espaço de tempo, o paciente pode ter o batimento cardíaco mais acelerado, febre, sudorese elevada e, sem o devido cuidado, pode chegar a óbito.
Enquanto a Ibogaína não é permitida e regulamentada pela lei de maneira mais clara e objetiva, é imprescindível que o seu consumo não seja feito em casa. A supervisão de profissionais experientes e qualificados é indispensável para que o consumo não resulte em problemas maiores ou sequelas.
Além do mais, não é uma simples planta que conseguirá solucionar de uma vez por todas a dependência química. É preciso compreender que o tratamento envolve diversos esforços das mais diversas áreas do conhecimento, incluindo o trabalho de médicos, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, educadores físicos, entre outras especialidades.
Você encontra isso tudo em clínicas de reabilitação regulamentadas e bem referenciadas pela sua confiabilidade. Pesquise muito antes de assinar o contrato com uma dessas instituições.
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